Um médico de 48 anos, André Lorscheitter Baptista, foi preso sob a suspeita de matar sua esposa, Patrícia Rosa dos Santos, de 41 anos, que era enfermeira. O crime teria sido cometido utilizando medicamentos restritos. A investigação revela que, há dois anos, André já havia tentado induzir um aborto na esposa, um episódio que agora ganha nova luz.
De acordo com relatos da irmã e da amiga da vítima, André teria tentado realizar um aborto usando dois dispositivo chamado abocath, semelhante a cateteres, introduzindo-o no útero de Patrícia. Esse incidente gerou um atendimento médico na época, mas não resultou em um boletim de ocorrência. A polícia obteve um atestado do atendimento realizado no Hospital de Esteio, onde o fato foi testemunhado.
André nega as acusações, alegando que pretendia apenas fazer uma lavagem no útero da esposa, que estava apresentando sangramentos durante a gestação. Ele afirmou que "esqueceu" o material dentro do útero da vítima, um relato que foi feito informalmente.
A polícia começou a investigar após a família de Patrícia desconfiar da possibilidade de uma morte natural. Durante as buscas, uma mochila foi encontrada contendo frascos de medicamentos e seringas vazias, além de gaze com sangue. O médico justificou a posse dos produtos, afirmando que os utilizava para treinar médicos iniciantes.
Um laudo pericial identificou a presença de zolpidem, um tipo de calmante, em um pote de sorvete consumido por Patrícia, indicando que quatro comprimidos do medicamento foram misturados ao alimento. O caso é investigado pela Delegacia de Homicídios de Canoas, sob a coordenação do delegado Arthur Reguse.
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